O que é?
A Paralisia Supranuclear Progressiva(PSP ) é uma doença rara e neurodegenerativa que afeta o cérebro, causando problemas nos movimentos, equilíbrio, visão e comportamento. Ela é causada por uma deterioração de células nervosas em certas áreas do cérebro, principalmente aquelas responsáveis por controlar movimentos e funções cognitivas.
A causa exata da PSP ainda não é totalmente compreendida, mas está associada ao acúmulo anormal de uma proteína chamada tau no cérebro, o que leva à morte celular. É uma condição progressiva, ou seja, os sintomas pioram com o tempo, geralmente ao longo de 5 a 10 anos.
Principais características da PSP:
- Dificuldade de equilíbrio:
- Um dos primeiros sintomas é a tendência a cair, especialmente para trás. Isso ocorre porque a doença afeta o controle motor e o equilíbrio.
- Problemas com os olhos:
- A PSP é conhecida por causar dificuldades em mover os olhos, especialmente para baixo. Isso pode tornar atividades simples, como subir ou descer escadas, muito difíceis.
- Rigidez e lentidão dos movimentos:
- A doença pode causar sintomas parecidos com o Parkinson, como rigidez muscular e movimentos mais lentos. Porém, medicamentos para Parkinson geralmente não funcionam bem na PSP.
- Alterações cognitivas:
- Afeta a memória, o planejamento e pode causar apatia ou mudanças no comportamento. Algumas pessoas também podem apresentar sinais de depressão ou irritabilidade.
- Dificuldade para engolir e falar:
- Com a progressão, a PSP pode dificultar a fala e a deglutição, aumentando o risco de engasgos.
Estatísticas
A PSP é o tipo mais comum de parkinsonismo atípico, representando cerca de 10% dos casos de parkinsonismo no mundo. Em termos globais, estima-se que sua prevalência seja de aproximadamente 5 a 6 casos para cada 100.000 pessoas, sendo mais frequente em pessoas acima dos 60 anos.
No Brasil, dados específicos sobre prevalência são escassos, refletindo uma dificuldade geral de reconhecimento e diagnóstico da PSP. No entanto, estudos indicam que é uma doença ainda subdiagnosticada, o que pode significar que sua prevalência real seja maior do que a documentada. Globalmente, observa-se que a condição é mais prevalente em populações de países desenvolvidos, possivelmente devido a maior detecção médica e acesso ao diagnóstico
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